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segunda-feira, 16 de março de 2015

MENSAGEM DA RD-InBrasCI-MG

JB DONADON LEAL
ARTE ALDRAVISTA será exposta no SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, Brasília - DF.

Abertura da Exposição - 02 de setembro
Em cartaz até o dia 23 de setembro

Aldravinturas: Muita cor, nenhum limite!
A arte visual aldravista de Deia Leal, consolidada pela coleção Portais(2007), exposta em diversas galerias nacionais e internacionais, atinge sua maturidade conceitual. A proposta aldravista de arte visual alia o conceito à superação do traço, abdica-se da figuração para buscar conceituação na experimentação extrema do signo indicial de Charles Sanders Pierce (1839-1914), em que a proposição metonímica instala-se na contiguidade como propulsora da significação. Agora, Deia Leal lança uma nova proposta de arte sobre papel cartão, a aldravintura:muita cor, nenhum limite, em que manchas sincronizadas pelas elaborações de jogos tonais e de padrões simbólicos da cultura das cores, aliados à erupção de temas pré-estabelecidos, fazem borbulhar narrativas do cotidiano questionador. A exposição completa de uma paisagem é redundância; por isso, a aldravintura é metonímica, é apenas uma porção insinuadora de alguma totalidade, é inicial e provocativa; é densa de proposição discursiva e instiga o espectador a construir uma narrativa do cotidiano, contígua à das políticas governamentais e pessoais que guiam os destinos das sociedades. Seja pelas significações simbólicas das cores, seja pelas cenas enunciativas dos discursos sociais de ocupação dos espaços pictóricos, a aldravintura é uma proposta de arte que faz pensar, que exige leitura e referenciação, bem ao estilo aldravista de fazer arte –indica um caminho (toda aldravintura tem título) e deixa o espectador segui-lo, segundo suas opções e escolhas.
Á primeira vista, pontos, gotas, borrões. Aos poucos, o olhar mais demorado vai revelando sentidos construídos por tramas de traços coloridos. A coleção “Manchas Aldravistas”, da artista plástica mineira de Mariana Deia Leal convida o público ao diálogo e à livre interpretação.
O espectador vai precisar de sensibilidade e de“olhar demorado”, até repetido, para tentar desvendar as manchas desenhadas pela artista. São obras inusitadas, que passeiam pela história de Minas Gerais, pela carnavalização e por paisagens devastadas. Por trás das pinceladas abstratas, Deia Leal faz questão de apontar o sentido de cada imagem.
“Não é totalmente abstracionismo. Todas as obras têm identidade, título, intencionalidade. Caso não seja possível ao visitante recuperar o sentido integral da proposta da imagem, ele poderá buscar o sentido possível”, comentou a autora.
Os quadros, construídos com acrílica e nanquim, são resultado de uma explosão de cores, apoiadas em suportes diversos como tela de algodão e eucatex
Aldravismo
Sinônimo de liberdade, a arte aldravista faz referência à superação de barreiras formais de produção e expressão, à possibilidade de ousar e de criar conceitos novos. Nascido na cidade de Mariana, no ano 2000, o aldravismo é um movimento de escritores, filósofos e artistas visuais que propõem interpretações inusitadas de eventos cotidianos. A aldrava, argola de ferro utilizada antigamente para bater nas portas, é o símbolo do movimento.
Além da liberdade, o aldravismo tem outro pilar: a metonímia. Trazida da literatura para as artes plásticas, a figura de linguagem, que relaciona o todo e a parte, ganhou uma interpretação plástica e chegou às telas na forma de supressão de elementos. Não se pretende mostrar uma totalidade, mas apresentar indícios.
Nas experimentações metonímicas de Deia Leal não são mostrados objetos inteiros, mas manchas, pinceladas que insinuam a intencionalidade da artista sem, contudo, impor o sentido final. O significado de cada obra será construído conjuntamente pelo espectador, conforme sua vivência, sua bagagem existencial.

Deia Leal – nome artístico da escritora e artista plástica, Andreia Donadon Leal; natural de Itabira – Minas Gerais. Reside, atualmente, na cidade de Mariana (MG). Licenciada em Letras pela UFOP, Pós-graduada em Artes Visuais - Cultura e Criação, Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Viçosa. Participou de exposições coletivas internacionais representando o estado de Minas Gerais na: Espanha, Itália, Áustria, Polônia, Alemanha, República Dominicana, Argentina, México, República Tcheca, China, Tailândia, Hungria, Eslováquia, Portugal, Chile(Museu Pablo Neruda), França (Museu do Louvre). Participou de inúmeras exposições coletivas em Minas Gerais, no Rio de Janeiro (Aliança Francesa de Niterói) e em São Paulo. Exposições Individuais: em Mariana, Itabira, Viçosa, Juiz de Fora, Santa Bárbara e Belo Horizonte.

Participou de diversas entrevistas falando sobre Arte Aldravista e projetos de incentivo à leitura, ao livro e à literatura: TV Inconfidentes, TV Viçosa, TV de Itabira..

Foi curadora da 1ª Exposição Internacional de Arte Aldravista em 2007, no Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, em Mariana-MG.
Recebeu diversas medalhas e troféus pelo trabalho nas áreas artísticas e literárias, entre elas: 1° lugar no Concurso Internacional de Artes Plástica da Asociación Cultural Valentin Ruiz Aznar – Espanha. Medalha de Bronze da Academia de Artes, Ciências e Letras da França, fundada em 1915, em Paris, pelos relevantes serviços prestados às letras e às artes.
Responsável pela criação do Museu Internacional de Arte Contemporânea de São Gonçalo do Rio Abaixo – com doação de obras do acervo da Associação Cultural Valentim Ruiz Aznar- da Espanha – 70 obras. Autora das seguintes 13 livros.
JB DONADON