Nunca recusei uma gota que fosse das
fontes que a vida me oferece. Bebo das águas generosas nos bons momentos, e
sorvo as mais amargas com resignação e fé. O prêmio não tem preço, tampouco
comparação. Bate à minha porta, no endereço certo: “Viver
intensamente”.
Tem hora, me impressiono com tanta coragem pra enfrentar e
fazer tanta coisa. Maravilhoso uma mulher da minha idade, ousar e fazer
acontecer. Vaidade? De jeito nenhum. Apenas reconhecimento do meu diário e
intenso esforço pessoal.
Chego de Portugal e Ilha da Madeira, abro o
computador e dou de cara com dois convites: Uma editora quer publicar, Mania
de ser feliz, um livro inédito meu. Nem chegamos, e um projeto novo da
Mecenas de Mariana, Andreia Leal Donavan, que nos levou a Paris em 2012, e
Portugal agora em 2013, convida para a participação e lançamento de: “O Livro
das Aldravias II “ antologia bilíngue, em Madri e Valência, na
Espanha.
Esta jovem mulher é um fenômeno! Artista plástica, mestra e
doutora em literatura, desenvolve projetos culturais com tamanha desenvoltura,
competência e rapidez, que me faz matutar. Uai! E o tal Coração Vazio,
filmado aqui, nunca visto em tela alguma até hoje. Cadê? Passaram um tira-gosto
no Festival de Cinema, ano passado e depois ó! Sumiu...
Andreia e o
marido, J B Donavan renomado professor da Universidade Federal de Ouro Preto,
vivem em função da cultura. Acharam-me na Internet, topei a carona cultural e
colho os frutos de uma das melhores decisões da minha vida. Segui-los na
maratona cultural fazendo parte da SOCIEDADE BRASILEIRA DOS POETAS
ALDRAVIANISTAS, participando das antologias promovidas pela editora do casal,
acompanhando-os pelo Brasil e exterior nos lançamentos. Um luxo
cultural.
Ao lado da presidente da Academia Araxaense de Letras Cátia
Lemos Zema, amiga e grande companheira de viagem, irei aonde o porre cultural da
Andreia me levar. Juntas, Cátia e eu fomos a Paris, ano passado, Lisboa e Ilha
da Madeira, agora. Apoio, estímulo e cumplicidade. Agradeço de coração. Já
conhecida e apreciada pelos pelo grupo de Mariana, Cátia foi convidada para
participar do segundo livro das Aldravias, e receberá também os diplomas das
Academias de Letras portuguesas.
Contarei da nossa maratona cultural em
crônicas caprichadas. Passar a cultura adiante, sempre foi será um dos meus
fortes.
Nosso grupo foi recebido com pompa e circunstância na “Terrinha”,
e acompanhado por distinguidas autoridades culturais, e importantes figuras
administrativas do governo. Tratamento VIP o tempo todo nas sessões
acadêmicas impecáveis, visitas às universidades de Lisboa, à Biblioteca
Nacional, palácios, museus, mosteiros, onde exposições brasileiras de literatura
e artes plásticas coroavam a semana-Luso Brasileira, do Ano do Brasil em
Portugal.
Convivemos, comemos e desfrutamos cultura ao vivo e em cores da
mais alta qualidade. Ao lado de figuras encantadoras da realeza. Sua Alteza
Real, o Senhor Infante de Portugal, Dom Miguel de Bragança Duque de Viseu, e S.
S. Dom Filipe Folque de Bragança e Borbón de Mendonça, Marquês de Loulé e Conde
do Rio Grande. Chiqueza histórica.
Cultura, orgia gastronômica,
vinhos de sabores divinos, degustados com histórias dos grandes nomes da
vinicultura portuguesa, reencontro com velhos amigos de lá.
Meus repentes
e cantoria de versos. Novidade para os anfitriões colonizadores, que se
regozijaram com a minha alegria brasileira. Ventura pessoal poder ser eu mesma
no meio de escritores amigos e cúmplices.
Bis de ficar na história.
Com detalhes imperdíveis nas próximas edições.
Imagem: Vilma Duarte e Sua Alteza Real, Infante Dom Miguel de Bragança, Conde de Viseu
Semana Luso-Brasileira
Ano do
Brasil em Portugal
Vilma Duarte
Sair de casa para uma viagem
pomposamente cultural em Lisboa e Ilha da Madeira, prêmio maior que a loteria
comum não tem. Depois de um voo tranquilo, Belo Horizonte-Lisboa, fomos
recebidos no Embaixador Hotel em Lisboa, por cicerones de luxo: Dr. Vítor
Escudero, professor e acadêmico renomado, a esposa Dra. Ana Cristina Martins,
figura expressiva no meio universitário de Lisboa, do Departamento de História
da Universidade Lusófona e Sua Alteza Real, Infante Dom Miguel de Bragança,
Conde de Viseu, para cumprir o primeiro dia de um intenso programa
cultural.
Convido meus queridos leitores a conhecer palácios, museus,
bibliotecas, Academias de Letras, Universidades, com paradas gastronômicas de
dar água na boca. Não resisto em mostrar cardápios (em português de lá) com
iguarias pra degustar de joelhos. Comer também foi cultura na festa gastronômica
em todos os restaurantes de Lisboa e Funchal.
Sábado, 6 de Abril:
Almoço Típico no Restaurante Adega do Saloio, em São Pedro de
Sintra. Ementa: Pão, Manteiga, Azeitonas e Queijinho Fresco. Espetadas de
Carne à Velha Sintra, com Batatinhas, Arroz e Salada. Sobremesa: Pudim da Casa
ou Arroz Doce à Portuguesa. Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e café.
Depois, visita guiada ao Palácio Nacional da Vila de Sintra,
acompanhados pela Dra. Ana Cristina Martins. Que aula a letradíssima professora
nos deu!
O imponente palácio, principal conjunto arquitetônico sintrense,
tombado como Monumento Nacional, tem origem provável num primitivo paço dos
walis, mouros, originado de duas etapas de obras: a primeira, no reinado de D.
João I (séc. XV); a segunda, no reinado de D. Manuel I (séc. XVI). Possui o
maior conjunto de azulejos mudéjares do país. Duas grandes chaminés geminadas
coroam a cozinha e constituem o "ex-libris" de Sintra. Com suas salas dos
Cisnes; das Pegas; das Sereias; das Galés; da Coroa; de César; das Sereias; a
Capela Gótica dedicada ao espírito Santo, os jardins começando a acordar em
primavera, dou destaque pessoal para a sala dos Brasões. Onde o brasão dos
“Cunhas” também fazia bonito na belíssima pintura histórica. A historiadora
afirmou, ( já sabia da outra vez), que os “Cunhas” são um ramo só, de uma
família conceituada e de tradição em Portugal.
Visita ao longo da Vila
Romântica de Sintra, com “paragem” para comer as tradicionais Queijadinhas e
Travesseiros de Sintra. Minha 2ª vez lá, com lembranças literárias de Maria
Eduarda e Carlos Eduardo, crias de Eça de Queirós, que viveram uma paixão
avassaladora por aquelas paragens.
À noite Jantar/Sarau da Tertúlia
Rafael Bordalo Pinheiro, no Restaurante Clara Chiado, no Chiado, em
Lisboa. Ementa: Pão, Azeite e Manteiga, Azeitonas, Pastéis de Bacalhau e
Peixinhos da Horta. Sopa Rica do Mar à Rafael Bordalo Pinheiro. Peixe Branco
com Saudades de Portugal e Acompanhamentos Variados. Sobremesa: Sopa de Morangos
à Chiado ou Fruta Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e Café. Regalo requintado
para o paladar.
Em seguida Sarau Literário e Cerimônia de Entrega de
Diplomas da Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro e outras lembranças aos Visitantes
Brasileiros, e medalhas e diplomas concedidos aos ilustres anfitriões pela
ALACIB, e Diploma de Grande Mérito Cultural da Aldrava de Letras e Artes à
Professora Doutora Ana Cristina Martins. Numa cerimônia aconchegante e bonita
a troca de figurinhas luso- brasileira cultural aconteceu em alto estilo. Sua
Alteza Dom Miguel, aguentou firme o dia inteiro no programa intenso, e ajudou na
entrega de medalhas e diplomas aos intelectuais presentes.
A cultura me
fascina tanto, que desconheci o cansaço apesar da travessia aérea de mudança de
continentes, a fim de chegar ao abençoado destino europeu.
Bem haja,
Portugal!
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Semana Luso-Brasileira II
(Portugal)
Vilma Duarte
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Tomem seus
lugares a bordo. Vamos continuar a viagem. Portugal sempre nos espera antigo,
moderno, amigo e paternal.
Lisboa ergue-se nas suas 7 colinas sobre o rio
Tejo, banhada por uma luz única. Capital de Portugal desde a conquista aos
Mouros em 1147, é uma cidade lendária com mais de 20 séculos de história e o
mais importante polo turístico do País. Dos edifícios pombalinos, com fachadas
de azulejos, às estreitas ruas medievais dos bairros típicos, com animada vida
noturna, aos inúmeros museus, palácios, lojas, Lisboa encanta viajantes
curiosos.
Com Dr. Vítor Escudero, perito no assunto, visitamos a Lisboa
Monumental. Passamos pela Praça Marquês de Pombal, Avenida da Liberdade,
Rossio e baixa de Lisboa, Sé de Lisboa, Castelo de S. Jorge, Alfama, Praça do
Comércio, Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém e Monumento das
Descobertas.
Destaco o Mosteiro dos Jerônimos, obra fundamental da
arquitetura Manuelina, encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco
da Gama regressar da sua viagem à Índia. Foi iniciada em 1502. O nome vem da
Ordem de São Jerônimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755,
mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão
Bonaparte no início do século XIX. Os elementos decorativos são repletos de
símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais
exóticos Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher,
D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique.
Ainda os de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões, Alexandre Herculano e Fernando
Pessoa.
Depois do deslumbrado tour, iguarias de lamber os beiços no
Almoço Típico Ribatejano no Clube Taurino Vilafranquense. Ementa: Pão,
Manteiga, Azeitonas e Peixinhos do Rio de Escabeche, Carne de Toiro Bravo à
Panela de Campino. Salada de Frutas do Campo. .Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e
Café, Arte culinária, deliciosamente cultural. Distribuição de Diplomas da
Academia Internacional de Heráldica (Portugal) e Homenagem aos Poetas
Aldravistas Brasileiros.
Fazer o quilo visitando o Núcleo Museológico do
Mártir São Sebastião, e a Exposição de Pedras Armoreadas do Concelho de Vila
Franca de Xira, acompanhados pelo Investigador - Mestre David Silva e o Museu do
Neo-Realismo Português, em Vila Franca de Xira, experiência nova com digestão
cultural.
Mais tarde, visita e recepção na Tertúlia, A Círófila, na
Centenária Praça de Toiros Palha Blanco, com requintado coquetel, mostra dos
arquivos de “toiradas,” entregas de Mérito Cultural e troca de lembranças.
Momento primoroso de conhecer mais um capítulo da riqueza históric- cultural da
Vila Franca de Xira.
Às 19.30, Aperitivo “Pôr do Sol” e Jantar no
Restaurante” Voltar ao Cais”, em Alhandra. Ementa: Pão, Manteiga, Azeitonas,
Peixinhos da Horta e Ovos Mexidos com Farinheira. Torricado com Bacalhau
Assado.. Selecção, (com 2 cês) de Sobremesas “Voltar ao Cais”. Águas, Cervejas,
Sumos, Vinhos e Café. Um luxo gastronômico! Sem traduzir para não estragar a
surpresa de quem, se puder, conheça o velho Portugal.
Finalizando as
atividades do dia precioso, Tertúlia Poética entre Poetas Aldravistas
Luso-Brasileiros. O poema de improviso desta representante brasileira, falando
da história dos descobridores e agradecendo a acolhida todos os dias e em todos
os lugares, comoveu os gentilíssimos anfitriões, convidados, e donos do
distinguido restaurante.
Viva a Literatura Brasileira Aldravista, nascida
e batizada em Mariana. Fazendo as honras de Minas Gerais, em mares nunca
dantes navegados...
Milagre das palavras,- que de carona com a
criatividade, pulam cancelas
continentais.
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Semana Luso Brasileira III
“Lisboa
velha cidade”
Vilma Duarte
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Imagem:
Vilma Duartee e S S Dom Filipe Folque de Bragança e Borbón de Mendonça, Marquês de Loulé e Conde do Rio Grande.
A viagem em Lisboa chega ao
fim. Ótima!
Cultura, História, encantamento, lazer, comida boa com prosa
boa, laços de amizade nova se apertando, presente de nunca esquecer.
Depois, decolar de novo e descer em Funchal, capital da Ilha da Madeira,
antes de regressar.
Segunda-Feira, dia 8 de
Abril
De manhã meu amigo de lá e eu, almoçamos bacalhau grelhado no
requintado restaurante da Casa D’Alentejo, imponente palacete dos bons tempos.
Depois de passear pelo Rossio, onde fica a estátua de Dom Pedro I, Dom Pedro IV,
pra eles. Arquitetura belíssima, história ao vivo e em cores, lojas de souvenir,
comprinhas modestas, e degustação da “ginjinha”.
Ginja (cereja ácida),
pequeno fruto redondo de cor vermelha escura e sabor agridoce.
O licor de
ginja ou ginjinha, aromático e de teor alcoólico moderado. Já foi uma bebida da
burguesia por causa do preço alto. Hoje, é muito popular.
À tarde,
visitamos as Exposições: “Escritoras Brasileiras Editadas em Portugal” e
“Literatura de Cordel Brasileira”, ambas patentes na Biblioteca Nacional de
Portugal, com o show de aula da Professora de História, Doutora Ana Cristina
Martins. Tive a honra de me cadastrar como escritora e deixar um dos meus livros
na imponente Mansão da Leitura.
...
Mais tarde fomos recebidos na
ULHT, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias com Conferência por
Poeta Aldravista, da Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas, e lançamento do
Livro O Pão Nosso, do poeta aldravista português, Dr. Vítor Escudero.
E
Cerimônia Acadêmica de entrega de Medalhas e Diplomas.
Em seguida, jantar
Informal na Cantina da Universidade. Delícias no bandejão português.
...
Mais tarde, Cerimonia Acadêmica rica em conteúdo no Salão Nobre da
Academia Portuguesa de Ex-Líbris. Inauguração da Exposição: “O Esplendor do
Ex-Líbris Brasileiro, nas Colecções Portuguesas”. Lançamento de O Livro das
Aldravias, Nova Forma/Nova Poesia. Lançamento do Livro O Pão Nosso, Aldravias
Portuguesas, de Vítor Escudero. Distribuição de Diplomas e Insígnias da Academia
Portuguesa de Ex-Líbris e da Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas. As
sedes das Academias de Letras, regalo arquitetônico, histórico e
cultural.
Terça-Feira, dia 9 de Abril:
Manhã livre.
Descansei, que não sou de ferro.
Às 15 horas, 1ª Bienal do Mediterrâneo
do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais de Minas Gerais, no Convento
dos Cardaes, em Lisboa.
Nilze, a curadora brasileira fez bonito com a
mostra de livros, pinturas de artistas brasileiros, e entrega de prêmios para
pintores portugueses. Foi servido um coquetel no capricho. Entre outras
tentações, os famosíssimos “Pastéis de Belém”, derretendo na boca.
...
Mais tarde, Cerimônia Académica no Salão Nobre da Academia de Letras e
Artes. Colóquio/Mesa Redonda: Poesia Contemporânea Brasileira. Entrega de
Medalhas de Membro e de Mérito Cultural à Escritora Celeste Cortez. Lição
Magistral de Sapiência pelo Presidente da Academia de Letras e Artes, Professor
Doutor António de Sousa Lara. Aprendizagem todo dia, com excesso de bagagem
cultural.
...
Em seguida, Jantar Típico, presidido por S S Dom
Filipe Folque de Bragança e Borbón de Mendonça, Marquês de Loulé e Conde do Rio
Grande.
E pelo presidente da Academia de Letras e Artes , o palestrista
da noite. A festa gastronômica no Restaurante Tradicional do Monte Estoril em
Cascais, com pratos típicos e vinhos fantásticos. Difícil foi escolher.
Com todo o respeito, além da simpatia, Dom Filipe é um pão. Meu repente
da noite, teve algo de “Real”.
Aquelas Suas Altezas... Haja, Deus! Acabo
virando monarquista.
Lisboa me cativou de cara no-muito- prazer.
Com motivos de sobra pra eu voltar a 3ª vez. Ter recebido três diplomas
de Academias de Letras Portuguesas ajuda a fazer as malas.
Me queres,
queridona?
Voltarei!
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Semana Luso-Brasileira IV A
Ilha Paradisíaca
Vilma Duarte
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Imagem:Vista aérea parcial da Ilha da
Madeira
Vilma Duarte e componentes do grupo de viagem
(alto/esquerda)
e Vilma
Duarte com a florista
(baixo/direita)
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A Ilha da Madeira, a
principal, (740,7 km²) do arquipélago da Madeira, de origem vulcânica clima
subtropical com extensa flora exótica, tendo o turismo como a maior fonte de
economia, situa-se no Oceano Atlântico, a sudoeste da costa portuguesa.
Funchal vem de funcho, planta aromática e comestível nativa do
Mediterrâneo, encontrada em estado silvestre e muito conhecida nossa. Capital da
Ilha da Madeira, abriga 105 mil dos 250 mil habitantes da ilha. Fundada em 1424
por João Gonçalves Zarco, a cidade linda se aconchega em colinas próximas. O
porto recebe cruzeiros com milhares de turistas, ávidos pra conhecer o centro
histórico, o mercado municipal, ótimos restaurantes e o teleférico. Seus bons
ares, fizeram-na procurada como estação de saúde nos idos. Os nativos gostam de
contar de visitantes-pacientes ilustres como a Imperatriz Sissi, da Áustria
(Elizabeth Wittelsbach, 1837-1898), e o ex-primeiro ministro britânico Winston
Churchill (1874-1965).
Chegamos noite adentro em Funchal, e fomos
recebidos no aeroporto por Dr. Miguel Caldeira, turismólogo e Grande Articulador
entre Brasil e Portugal, através da Chancelaria na R.A.M.; representantes da
Câmara Municipal do Funchal; da Casa da Cultura John dos Passos e Dr. Édison
Pereira de Almeida, também Articulador e Chanceler da INBRASCI, Instituto
Brasileiro de Culturas Internacionais. Fomos direto para uma sala VIP, onde foi
servido um coquetel, enquanto recepcionistas lindas e prestativas direcionaram
nossa bagagem para o ônibus que nos levaria ao resort, Hotel Quinta das Vistas.
Mordomia Cultural!
O motorista, Roberto Carlos, jovem, bonito, culto, e o
guia nos dois dias naquele paraíso não me escapou. Você é o.“ esse cara sou eu”,
daqui? Ele riu satisfeito.
O resort, luxo muito bem posto em local
privilegiado, olhava panorâmico praquele marzão exibido com tanta azuleza
esverdeada, que não cabia nos meus olhos agradecidos.
Depois do “Pequeno
almoço” no Hotel Quinta das Vistas descemos para o Funchal.
Primeira
visita ao Mercado dos Lavradores com produtos da terra, flores esfuziantes,
cantoria de grupos folclóricos, uma festa cultural.
Desde menina ouvia a
glorificação dos bordados da Ilha da Madeira. Visitamos Bordal (bordado Madeira
e Madeira Story Center. Ouvir a história daquela preciosidade artesanal,
assistir às bordadeiras, ver os riscos, os trabalhos em andamento e prontos,
nossa!, De tirar o fôlego. As peças, joias artesanais, valem cada fração do
custo alto.
Almoçamos na Zona Velha da Cidade. “Ementa” hum!... à
delícia portuguesa.
Em seguida, conhecemos a Madeira Wine Company, uma
das vinícolas onde o famosíssimo Vinho Madeira é ritualmente preparado. A
história contada com minúcias, o descanso do precioso por anos e anos nos
imensos tonéis de carvalho, e a saborosa degustação.
Chorei meus
afilhados do Clube dos Amantes do Vinho, lá.
Terminada a visita ao Museu
de Arte Sacra, tivemos a Cerimônia Oficial no Salão Nobre da Câmara Municipal
com OUTORGA DAS MEDALHAS “100 ANOS DE JORGE AMADO”, pelo Instituto Brasileiro de
Culturas Internacionais.
Regressamos ao Hotel rapidinho e saímos pra
jantar, com “Ementa” diferente, Espetadas.
Dá pra adivinhar? Churrasco
em espetos de cabeça pra baixo. Carne com pedaços menores desmanchando na boca,
acompanhamentos divinos, e vinho. Deliciosos vinhos!
Dia do tamanhão do
sensacional.
12 DE ABRIL, último dia na
Terrinha.
Partimos cedo para a Vila Ponta do Sol a fim de visitar o
Centro Cultural John do Passos e apreciar a Conferência com o Professor Doutor
Alberto Vieira: Da Madeira ao Brasil: Vivências com História, seguida de Outorga
das Medalhas de Mérito Cultural.
Depois, Madeira de Boas Vindas
e Almoço na Estalagem Quinta da Rochinha no alto da colina, com acesso por
elevador. “Ementa” de dar água na boca e vista de dar água nos olhos.
Em
seguida, visita ao Museu Casa das Mudas com espécies vegetais nativas e
internacionais.
Visita ao Engenho da Calheta, muito interessante, e
passagem no Cabo Girão na volta.
Terminamos o roteiro apertado, mas
gratificante na Vila Piscatória de Câmara de Lobos e jantamos mais cedo para
agilizar o embarque de volta à Lisboa.
A gentileza dos
portugueses em Lisboa e Funchal ficará nas melhores lembranças.
Voltamos
ao Brasil enriquecidos culturalmente, extasiados com a beleza natural,
arquitetônica e histórica dos lugares visitados, saciados com “ementas” servidas
no requinte do bom gosto, com tempero apurado nas receitas seculares dos nossos
colonizadores.
O grupo homogêneo e fraterno também ficará na
história. Agradeço tanta ventura a Deus, aos portugueses, à direção do projeto
bem sucedido, aos amigos que eu tinha e aos novos que fiz.
2014
promete. Lançamento do 2º Livro das Aldravias em Madri e Valência.
Que
venha a Espanha aos nossos anseios culturais!
Olé!
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